segunda-feira, 31 de março de 2008

POESIA DEVASSA

Toma minha poesia devassa
Rija como um mastro
Petrificada como um membro
Introvertida
Em tudo que é volúpia
Intrometida
Em tudo que é vulgar
Intumescida
Em tudo que é vulva
Minha glande esbaforida
Esporrografa o tétrico
Minha grafia tremida
Esferografa o desejo
Meu membro alfarrábio
Esparrama sêmen num jorro estrábico
Psicografa o pecado "O avesso do avesso do avesso..."
Falo tudo
Tudo falo
Ereto e sedento
Meu aturado mastro
Fidel e castro "Todo casto é um obsceno..."
Ordinário ébano
Bárbaro monumento
Crava atrás
Jura caos
Cava cais
Jura naus
Minha língua aguça
Tua carne atiça
Minha fome curra
Tua tara crispa
Toma minha devassa poesia.
Por Aluízio Martins www.camaredonda.com.br

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