sexta-feira, 4 de abril de 2008

DESCULPEM, MAS ESSA NÃO PODERIA FALTAR...


BAHIA, CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1988.

Em pé: João Marcelo, Ronaldo, Paulo Rodrigues, Tarantini, Paulo Robson e Claudir.
Agachados: Marquinhos, Bobô, Charles, Zé Carlos e Gil.


1988. Fim iminente da guerra fria, ditaduras se diluindo ao redor do mundo, a expectativa de um novo porvir para a humanidade e o êxtase de uma nação... Uma nação sofrida, guerreira e festiva.
Em essência uma nação que "balança o chão da praça enquanto sua dor balança, balança o chão da praça" ...Naquele ano essa nação, a nação tricolor baiana se apresentava frente ao seu momento histórico mais único, via o seu mais amado filho que briosamente honrava suas cores e símbolos há 58 anos ter, novamente, um título nacional, 31 anos após derrotar o Santos de Pelé e dessa vez sem que pudessem questionar que aquele era, sim, um título BRASILEIRO! Um momento histórico único de afirmação de um POVO, de afirmação do talento, da superação de preconceitos e limitações financeiras, estruturais, de toda ordem!
Naqueles dias eu era apenas um garoto de 11 anos que sonhava em ver o filho mais amado da minha terra, sagrar-se campeão brasileiro e vencer todas as barreiras possíveis e imagináveis. Primeiro foram 120 mil pessoas em um delírio coletivo de felicidade! Naquele momento, após a virada histórica no primeiro jogo da final, o Brasil se preparava para o que seria o título "certo" do Internacional. A mídia ironizava o nome dos jogadores do Esquadrão de Aço como o inesquecível e eterno herói, Bobô, e a Bahia se unia em um misto de fé e esperança pelo seu filho, a Bahia, mãe do Brasil, dava as mãos naquele dia de ruas desertas e de famílias, amigos reunidos para vivenciar um momento histórico. E o que parecia um milagre, aconteceu! O Esquadrão de Aço revelou-se, mais que nunca, intransponível, heróico, guerreiro! A mídia perplexa teve que reconhecer o talento daqueles heróis, a muralha Ronaldo, “a elegância sutil de Bobô”, a garra de um clube unido pela glória! Naquele dia eu, um garoto de onze anos pôde chorar a alegria dos campeões, Bi-Campeão Brasileiro, o Esporte Clube Bahia, salve a memória de um garoto que nunca desistiu de sonhar!
Bóra Baêa minha p....!!!!!!!!!!!
(adaptado do texto de Rafael Kafka em http://fotolog.terra.com.br/retratonaparede:27)

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